Bacharelado
em Biologia
Hepatologia
e Virologia: O vírus e o hepatócito
CÉSAR
AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA
RGM
341 602 248
Introdução.
Considerando a
programação de estudos da Universidade Cruzeiro do Sul, no Curso Bacharelado em
Biologia, e focado na solicitação do genitor da Senhorita Bia, apresentaremos uma Aula Virtual para que
esta possa ampliar sua cognição científica, em faces dos seguimentos de
Hepatologia, em especificidade os hepatócitos; e Virologia, em particular os
vírus da Hepatite, e em foco o Vírus da Hepatite-A. Nossa
palestra virtual foi organizada de forma a apresentar
uma iconografia de um hepatócito; e uma referente ao vírus da Hepatite-A.
Na sequência apresentaremos as enumerações das organelas do hepatócito
e as estruturas do vírus da Hepatite-A. Em ato contínuo
desenvolveremos um texto com o nome de cada organela do hepatócito e sua
função. Devendo destacar as principais organelas do hepatócito. Apresentando a estrutura do vírus.
Desenvolveremos um texto acadêmico apresentando as estruturas do vírus da
Hepatite-A, bem como as suas funções, principalmente esclarecendo que o vírus é
um organismo acelular e parasita intracelular obrigatório. Por
fim, de forma conclusiva ao resumo da palestra apresentaremos pontos de
destaques nos estudos de Hepatologia e Virologia, com foco nos pontos já
citados. Focaremos de forma
complementar, aspectos de danos aos hepatócitos no uso irregular de
medicamentos. De forma complementar publicaremos uma aula vinculada as
temáticas abordadas com ênfase no entendimento do câncer hepático e os riscos
da Hepatite-A. (1) O fígado é um
órgão metabolicamente complexo. Os hepatócitos (células parenquimatosas do
fígado) realizam as funções metabólicas do fígado. O fígado é organizado em
lóbulos. (2) Hepatite A. É uma infecção causada pelo vírus A
(HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Vacina: A
vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida
de prevenção contra a hepatite A.
(1) (2)
NOTA. (1) Organelas
dos Hepatócitos. - Organelas são
estruturas que ficam dentro das células, mais precisamente dentro do
citoplasma, que é composto por um líquido gelatinoso. Os hepatócitos,
apresentam citoplasma; mitocôndrias; retículo endoplasmático rugoso;
lisossomos; peroxissomos; complexo de Golgi; núcleo; nucléolos; cromossomos
(poliploidia. A poliploidia. Podemos concluir que o citoplasma das células do
fígado é rico em organelas, são encontradas cerca de 2 mil mitocôndrias, 300
lisossomos e o retículo endoplasmático ocupa cerca de 15% do volume celular.
Por fim, no citoplasma, é encontrada uma grande quantidade de glicogênio
associado ao retículo endoplasmático liso, este glicogênio serve como reserva
de glicose para o organismo. (2) Vírus. Conversando sobre Microbiologia e a
nossa vida. É de grande relevância entender que os vírus não são considerados
seres vivos. Estes não possuem uma estrutura de célula(citológica). São
parasitas intracelulares obrigatórios.
São totalmente
dependentes de outras células para se reproduzir. Não detém metabolismo próprio
independente do hospedeiro. Ressalte-se que sua estrutura básica é composta de
dois componentes apenas: algum tipo de ácido nucléico e um envoltório feito de
proteínas, chamado de capsídeo. Ao conjunto dos ácidos nucleicos com o capsídeo
chamamos de nucleocapsídeo. Alguns vírus, no entanto, principalmente os que
infectam animais, possuem além do nucleocapsídeo um envoltório mais externo de
natureza fosfolipídica chamado de envelope. O envelope é derivado da membrana
celular do hospedeiro, quando da saída do vírus ao final do ciclo de
replicação. Falamos, portanto, de vírus nus (sem envelope) e envelopados (Fig.
1). Existe uma distinção também quando nos referimos aos vírus no ambiente
externo (fora do hospedeiro), quando são chamados de vírions.
Fonte: Madigan et al. Brock Biology of
Microorganisms. 15ª ed. 2019.
Hepatócito
e as Organelas. Os hepatócitos
são células poligonais com aproximadamente 30μm de comprimento por 20μm de
largura e se organizam em placas que se anastomosam e formam unidades
morfológicas chamadas de lóbulos hepáticos. Entre cada placa formada pelos
hepatócitos há um espaço chamado espaço de Disse onde é possível observar
capilares sinusóides. Os hepatócitos, quando observados com microscopia de luz,
apresentam citoplasma granular devido a presença de grumos basófilos que
representam as mitocôndrias e o retículo endoplasmático rugoso. Devido a sua
função de desintoxicação do corpo, possuem em seu interior uma grande
quantidade de lisossomos e peroxissomos, além de complexo de Golgi bem
desenvolvido. O núcleo do hepatócito é grande e central apresentando forma
arredondada ou oval apresentando um ou mais nucléolos. Podem ser observados
células que possuem dois ou mais núcleos. As células binucleadas representam
cerca de 25%.. Encontra-se ainda a presença de uma condição genética onde, no
núcleo celular, são encontrados mais de dois conjuntos de cromossomos homólogos
chamada de poliploidia. A poliploidia nos hepatócitos pode ocorrer em até 80%
das células. Por ser um tipo celular muito ativo, o citoplasma das células do
fígado é rico em organelas, são encontradas cerca de 2 mil mitocôndrias, 300
lisossomos e o retículo endoplasmático ocupa cerca de 15% do volume celular.
Ainda no citoplasma, é encontrada uma grande quantidade de glicogênio
geralmente associado ao retículo endoplasmático liso, este glicogênio serve
como reserva de glicose para o organismo (Bibliografia.
Histologia básica I L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12 . ed]. - Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Hernadez F Carvalho, Carla Beatriz Collares
Buzato. Células: Uma abordagem multidisciplinar. Editora Manole, 2005. Abraham
L. Kierszenbaum. Histologia e Biologia celular, Uma introdução à patologia. 3ª
edição. Elsevier, 2012).
ESTRUTURA DO VÍRUS DA HEPATITE-A. – Pertencente a
familia dos picornavirus, o vvírus da hepatite A tem genoma de RNA unicatenar (simples) positivo (mRNA na
síntese proteica). Tem capsídeo icosaédrico, mas não possui envelope. O vírus é
muito resistente a condições externas adversas(Cristina J, Costa-Mattioli M
(August 2007). "Genetic variability and molecular evolution of hepatitis A
virus". Virus Res. 127 (2): 151–7. doi:10.1016/j.virusres.2007.01.005.
PMID 17328982. ). Consegue sobreviver nos rios
e mares por meses. É resistente a ácidos (PH 1), calor (60oC), secura,
sal e solventes. Ferver a água é um método eficiente para destruir-lo. É muito
comum encontrar-lo em locais sem tratamento de água e esgoto infectando mais de
90% da população, principalmente crianças(Drexler JF, Corman VM, Lukashev AN,
van den Brand JM, Gmyl AP, Brünink S, Rasche A, Seggewiss N, Feng H, Leijten
LM, Vallo P, Kuiken T, Dotzauer A, Ulrich RG, Lemon SM, Drosten C (2015).
"Hepatovirus Ecology Consortium. Evolutionary origins of hepatitis A virus
in small mammals". Proc Natl Acad Sci U S A. 112 (49): 15190–15195.
doi:10.1073/pnas.1516992112. PMC 4679062. PMID 26575627). Pelo menos 13
espécies adicionais do gênero Hepatovírus foram identificadas. Essas espécies
infectam morcegos, roedores, ouriços e musaranhos. A análise filogenética
sugere uma origem roedora para a hepatite A. A cepa humana só se transmite de
humano a humano(Lees D (2000). "Viruses and bivalve shellfish". Int.
J. Food Microbiol. 59 (1–2): 81–116. doi:10.1016/S0168-1605(00)00248-8. PMID
10946842.). A via de transmissão é geralmente por via fecal-oral,
principalmente água contaminada, raramente é transmitido pelo sangue e por sexo
anal. Mariscos contaminados são uma importante fonte dessa infecção e causaram
muitas epidemias(Hepatitis A Vaccine: What you need to know" (PDF).
Vaccine Information Statement. CDC. 2006-03-21. Archived (PDF) from the
original on 2007-11-20. Retrieved 2007-03-12). A vacinação, cuja vacina é
produzida com “uma forma atenuada desse
vírus e aplicada no primeiro e segundo anos de vida que gera imunidade por 20
anos em 90% dos casos(Cui F, Hadler SC, Zheng H, Wang F, Zhenhua W, Yuansheng
H, Gong X, Chen Y, Liang X, et al. (2009). "Hepatitis A surveillance and
vaccine use in China from 1990 through 2007". J Epidemiol. 19 (4):
189–195. doi:10.2188/jea.JE20080087. PMID 19561383).
Corte de microscopia eletrônica de um Vírus
da Hepatite A.
Funções dos Vírus da Hepatite -. Hepatites Virais - As
hepatites virais são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado. Cinco
diferentes vírus são reconhecidos como agentes etiológicos da hepatite viral
humana: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da
hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D ou Delta (HDV) e o vírus da hepatite E
(HEV). Com exceção do HBV, que possui genoma DNA, todos os demais são vírus
RNA. Embora apresentando diferenças quanto ao tipo de genoma viral, estrutura
molecular e classificação taxonômica, estes cinco agentes etiológicos têm o
fígado como alvo primário e causam um processo necroinflamatório
característico: a "hepatite". Náusea, vômitos, mal-estar,
dor-de-cabeça, e perda do apetite são os sintomas mais freqüentes na fase inicial
da doença. Colúria (urina escura) e acolia (fezes esbranquiçadas) antecedem a
fase ictérica (pele e olhos amarelados) que, em geral, coincide com alteração
das provas de função hepática. As
hepatites A e E são transmitidas pela via orofecal e causam infecções agudas
benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico. As
hepatites B, C e D podem evoluir para a hepatite crônica, que tem como
principais complicações a cirrose e o carcinoma hepatocelular.
Vírus.
Organismo acelular. Os vírus são organismos que não possuem
células. São organismos muito simples que se destacam pela ausência de células.
São muito conhecidos pelas doenças que causam, entre elas as hepatites e em
particular a Hepatite-A. Características.
Os vírus,
palavra derivada do latim vírus que significa “veneno” ou “toxina”, são
organismos microscópicos extremamente pequenos que possuem um tamanho que pode
variar de cerca de 20 a 300 nm. Para se ter uma ideia desse tamanho, os vírus
que possuem cerca de 20 nm de diâmetro são menores que o ribossomo, uma pequena
estrutura celular responsável pela síntese de proteínas. Em razão desse pequeno
tamanho, na maioria das vezes, só podem ser vistos pelo microscópio eletrônico.
A característica mais marcante dos vírus é a ausência de células. Por isso,
eles também não possuem organelas importantes, por exemplo os ribossomos, que
produzem proteínas; nem mesmo enzimas, as quais são necessárias para a
realização de diversas reações. Uma característica interessante é o fato de que
os vírus podem ser cristalizados, o que não é observado nas células. Por conta
da ausência de células e de uma maquinaria metabólica, os vírus são incapazes
de reproduzirem-se sozinhos. Neste caso é fundamental um parasitar de uma
célula para que isso possa acontecer. Em consequência dessa característica, os
vírus são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios.
Conclusão. Pontos de destaques. Avaliações
cognitivas amplas. Na avaliação
personalíssima, se observa uma relevância para o farmacologista clínico e o
analista clínico, o conhecimentos dos aspectos de anatomia e fisiologia do
fígado, com ênfase na interpretação da relevância hepatocitaria (necrose
hepatocitaria, um achado na biópsia hepática, quando se observam células do
fígado - hepatócitos, que foram destruídas pela inflamação...). Ressalte-se
que o uso de medicamentos e outras agressões externas pode levar a ênfase do
entendimento de desenvolvimento do câncer hepático e os riscos da Hepatite-A,
podem ainda, no seu turno, levar a danos hepatocitarios. Indiscutível, que este
momento amplia a formação do bacharelando.
REFERÊNCIAS:
Bibliografia.
Histologia básica I L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12 . ed]. - Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013. Hernadez F Carvalho, Carla Beatriz Collares Buzato.
Células: Uma abordagem multidisciplinar. Editora Manole, 2005. Abraham L.
Kierszenbaum. Histologia e Biologia celular, Uma introdução à patologia. 3ª
edição. Elsevier, 2012. Cristina
J, Costa-Mattioli M (August 2007). "Genetic variability and molecular
evolution of hepatitis A virus". Virus Res. 127 (2): 151–7.
doi:10.1016/j.virusres.2007.01.005. PMID 17328982. ). Drexler JF, Corman VM,
Lukashev AN, van den Brand JM, Gmyl AP, Brünink S, Rasche A, Seggewiss N, Feng
H, Leijten LM, Vallo P, Kuiken T, Dotzauer A, Ulrich RG, Lemon SM, Drosten C
(2015). "Hepatovirus Ecology Consortium. Evolutionary origins of hepatitis
A virus in small mammals". Proc Natl Acad Sci U S A. 112 (49):
15190–15195. doi:10.1073/pnas.1516992112. PMC 4679062. PMID 26575627). Lees D
(2000). "Viruses and bivalve shellfish". Int. J. Food Microbiol. 59
(1–2): 81–116. doi:10.1016/S0168-1605(00)00248-8. PMID 10946842.). Hepatitis A Vaccine: What you need to know"
(PDF). Vaccine Information Statement. CDC. 2006-03-21. Archived (PDF) from the
original on 2007-11-20. Retrieved 2007-03-12. Cui F, Hadler SC, Zheng H, Wang
F, Zhenhua W, Yuansheng H, Gong X, Chen Y, Liang X, et al. (2009).
"Hepatitis A surveillance and vaccine use in China from 1990 through
2007". J Epidemiol. 19 (4): 189–195. doi:10.2188/jea.JE20080087. PMID
19561383.